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Samae alerta população para aumento no furto de hidrômetros em Caxias do Sul
Crime causa prejuízo de mais de R$ 120 mil no primeiro semestre
O Samae alerta à população para o
aumento no furto de hidrômetros no primeiro semestre deste ano em Caxias do
Sul. Proteger os equipamentos e denunciar os autores são medidas fundamentais
para coibir essa prática, que causa prejuízos à autarquia e ao próprio
consumidor. As perdas passam de R$ 120 mil entre janeiro e junho.
Na outra ponta, Samae, Guarda Municipal e fiscalização
da Secretaria do Urbanismo intensificam ações para coibir a receptação. Na
última semana, duas pessoas foram presas em flagrante de posses de equipamentos
e enquadradas no artigo 180 do Código Penal.
O alerta se justifica pelos números do primeiro
semestre. Entre janeiro e junho de 2025, 217 equipamentos foram levados, contra
58 nos seis meses iniciais de 2024 e 142 em 2023. Em julho, antes das prisões,
houve mais nove ocorrências.
A falta de previsão legal de punições mais rigorosas
incentiva a reincidência, aponta o diretor-presidente do Samae, João Uez.
“Muitas vezes o autor é levado pela Guarda Municipal à delegacia e solto em
seguida”, lamenta. Uez solicita apoio da população para denunciar os autores
dos furtos, principalmente por meio de imagens.
Prejuízos
Para cada hidrômetro furtado, o prejuízo estimado é de
R$ 570. São cerca de R$ 300, em média, para compra e reposição da unidade. O
valor varia conforme o tipo de equipamento, e este custo é pago pelo
consumidor.
Além disso, o Samae tem, em média, R$ 70 de prejuízo
pela falta de medição do consumo e R$ 200 para o deslocamento de equipe técnica
para o reparo emergencial do cavalete, garantindo a continuidade do
abastecimento ao usuário, e o retorno posterior para instalação do novo
hidrômetro.
Os principais alvos são os hidrômetros chamados de
velocimétricos, fabricados em metal (latão ou bronze). Os equipamentos
volumétricos, feitos de composite (uma espécie de polímero) não têm valor para
os receptadores. Mesmo assim, algumas vezes são furtados por desconhecimento. A
substituição gradual dos velocimétricos pelos volumétricos é uma das medidas
que inibe os furtos. Porém, nem sempre os cavaletes comportam essa alteração.
Caixa de
proteção
Seja qual for o modelo, a proteção dos hidrômetros é
fundamental. Em ligações novas, a instalação de caixa padrão já é obrigatória,
por lei, desde março de 2023. Desde então, cerca de 6,5 mil foram instaladas. O
resultado da mudança foi imediato: o número de furtos caiu de 1.007 em 2022
para 227 em 2023.
A caixa é fornecida de forma gratuita pelo Samae em
casos de novas solicitações. O usuário fica responsável pela instalação, de
acordo com as diretrizes estabelecidas pela autarquia. Ela deve ser colocada
preferencialmente no muro de divisa frontal ou em um dos muros laterais do
imóvel, caso não exista o frontal.
Além de ser exigida na solicitação de nova ligação de
água, a instalação também é obrigatória em casos de segunda ligação, mudanças
de ligação, remoções, alterações e mudanças de cavalete, ligações cortadas em
decorrência de confirmação de fraude no sistema de abastecimento e em imóveis
com dificuldade para acesso e/ou leitura do hidrômetro.
O que diz
a lei
O crime de receptação é consubstanciado por adquirir,
receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa
que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro adquira, receba ou
oculte. Ainda, conforme parágrafo 6° do art. 180 do Código Penal, a pena é
aplicada em dobro quando se trata de patrimônio público.
Como
denunciar
Guarda Municipal: telefone 153