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Tarifa Subsocial viabiliza abastecimento de água para mais de 200 famílias em 2025
Programa destinado a núcleos de regularização recebeu reconhecimento nacional em 2025
Um programa específico criado pelo Samae garante o abastecimento de água em áreas de regularização fundiária de interesse social (Reurb-S) em Caxias do Sul. A Tarifa Subsocial foi implantada em três loteamentos em 2025, em um investimento de R$ 472 mil, e já atende a mais de 200 famílias.
Moradores
dessas áreas pagam R$ 20 mensais por até 20 metros cúbicos de água. É um modelo
diferente da Tarifa Social, que contempla consumidores de baixa renda com
desconto de 50% nos primeiros 15m³.
A
iniciativa recebeu o Prêmio Destaque Brasil 2025, entregue pelo Instituto
Habita do Brasil durante o encerramento do 7º Congresso Brasileiro de Habitação
Social & Regularização Fundiária, no Rio de Janeiro, no último dia 27 de
novembro. Em
outubro, o programa conquistou o terceiro lugar no Prêmio Boas Práticas na
Gestão Pública Municipal na categoria Meio Ambiente, em uma promoção da
Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).
Três
loteamentos contemplados pela Tarifa Subsocial receberam extensões de rede do
Samae neste ano. No Recanto das Cascatas, em Santa Bárbara de Ana Rech, uma
tubulação de 4,2 quilômetros, em 11 ruas, leva água para 154 famílias. O Samae investiu
R$ 350 mil na obra, realizada pela Nort Brasil. “Ficou 100%. Antes dava até
briga de vizinhos. Agora temos água e um comprovante de residência”, comemora o
presidente do loteamento, Juarez Madruga.
No Jardim dos Reis,
núcleo situado no final da Avenida Sirius, no bairro Cruzeiro, uma extensão de
500 metros mudou a realidade de 32 famílias, antes acostumadas a ter de negociar
o horário do banho com os vizinhos. O investimento foi de R$ 22 mil. “A gente
esperava até meia-noite, uma da manhã, para poder tomar um banho. Tinha água na
casa de um, não tinha na casa de outro”, lembra a presidente do bairro, Solange
de Quadros.
A
mais recente comunidade beneficiada fica em São Valentim da 6ª Légua. A
extensão de rede de 875 metros, em um investimento de R$ 100 mil, atende a 35
famílias. “Faz
nove anos que moro aqui. Foi muito sofrido. Já ficamos cinco dias sem água.
Íamos buscar água de balde no cemitério”, relata a moradora Silmara da
Cunha. Ela também lembra das máquinas de cavar queimadas pelas intermitências
na vazão.
O
presidente da União das Associações de Bairros, Valdir Walter, conhece como
poucos o significado dessa mudança de realidade. “Eu passei por isso também. Lá
no Jardim Oriental a gente tinha de buscar água em uma chácara”, recorda o
líder comunitário.