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Água, um bem finito
Água, um bem finito
Do piscar dos olhos à geração da energia elétrica a água se torna essencial na sobrevivência da vida
Imaginamos um mundo com pessoas feitas de água, animais de água, casas de água, plantas de água. Pois este mundo é o nosso! A água flui, refresca, anima, suaviza e dá vida. Ela tem muitos nomes, chuva, gelo, vapor, gota, rio, mar, cachoeira e também tem a da nossa torneira. Às vezes ela é nuvem, depois vira chuva. E se ficamos tristes ou emocionados, ela corre como lágrima.
As imagens do Planeta Terra que mais agradam aos olhos humanos são aquelas que trazem a água em algum de seus estados: ondas, riachos, neves, lagos espelhados, orvalho... Sem falar que ela é o elemento mais essencial à vida. Serve para ser tomada, para cozinhar, para a higiene, para a indústria e para geração de energia.
A água ocupa 70% da superfície da Terra. A maior parte, 97%, é salgada. Apenas 3% do total é água doce e, desses, 0,01% vai para os rios, ficando disponível para uso. O restante está em geleiras, icebergs e em subsolos muito profundos. Ou seja, o que pode ser potencialmente consumido é uma pequena fração.
É necessário que cada um cuide bem desse líquido precioso que está nas células, nos rios de água doce, no mar, embaixo da terra. Desse recurso finito que não conseguimos viver sem. Que cada um se torne responsável por aquela que é a única garantia de qualidade de vida futura.
Declaração universal dos Direitos da Água
1. A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
2. A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida e de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceder como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado no Art. 3º de Declaração Universal dos Direitos Humanos.
3. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo a água deve ser manipulada com racionalidade, preocupação e parcimônia.
4. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e dos seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente, para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos por onde os ciclos começam.
5. A água não é somente uma herança dos nossos predecessores, ela é sobretudo um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do Homem para as gerações presentes e futuras.
6. A água não é uma doação gratuita da natureza, ela tem um valor econômico: é preciso saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
7. A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento, para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração de qualidade das reservas atualmente disponíveis.
8. A utilização da água implica o respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo o homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo Homem nem pelo Estado.
9. A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
10. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
Foto: Divulgação SAMAE
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