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Samae atende quase 50 casos mensais de obstrução de rede por descarte inadequado de resíduos
Óleo de cozinha e materiais de construção jogados na tubulação são os principais vilões
Mau cheiro e caixa de
gordura transbordando: essas são as principais consequências do
descarte inadequado de resíduos
no
esgoto. O Serviço Autônomo Municipal de Água e
Esgoto (Samae) atende entre 40 e 50 chamados mensais de desobstrução de rede
causados por esse problema em Caxias do Sul. A
maioria das manutenções realizadas pela Divisão de Esgoto da
autarquia ocorre na tubulação responsável por transportar o material até as
estações de tratamento.
Um
dos principais
problemas é o descarte incorreto do óleo de cozinha, que se solidifica,
causando entupimentos. As equipes do Samae também encontraram materiais de
construção civil, panos, embalagens, pneus e até animais mortos na tubulação.
Para a diretora da Divisão de Esgoto, Josiane Nunes, grande parte desses
entupimentos poderia ser evitada se a população fizesse o descarte
apropriado nos ralos, vasos sanitários e bueiros.
“As redes de esgoto são projetadas para suportarem apenas águas de lavar louça,
roupa e tomar banho, além das que vêm do vaso sanitário. Qualquer outro tipo de
resíduo, como embalagens plásticas, cabelos, papel higiênico e óleo de cozinha,
deve ser descartado no lixo”, reforça. No esgoto, esses materiais podem até
causar o rompimento da tubulação.
Quando
o Samae é acionado para a desobstrução de uma rede de esgoto cloacal na rua, é
necessário o deslocamento de uma equipe com o caminhão limpa-fossa
e o
hidrojato,
conforme explica a operadora de Estação de Tratamento de Esgoto (ETE)
Bruna Schio. “Primeiramente vamos com o caminhão limpa-fossa.
Se
o hidrojateamento não conseguir desobstruir ou retirar o material que está na
rede, são chamadas as equipes de conserto e de inspeção. Através
do vídeo-localizador (uma
espécie de câmera que entra na tubulação), é possível identificar
o que está obstruindo o caminho
para que seja retirado. Assim, a equipe abre o local para consertar a rede”,
esclarece.
O lixo, quando
descartado nos ralos e vasos sanitários, percorre toda a tubulação de esgoto
interna do imóvel. Depois, ele segue para a rede pública. O destino dos
resíduos descartados incorretamente é o gradil, a primeira etapa de tratamento
dentro da ETE. Porém, alguns materiais de diâmetro menor acabam passando por
ela, o que novamente poderá danificar as estruturas da estação, como bombas e
tubulações, entre outras.
Descarte adequado
de óleo de cozinha
Para
incentivar a população a dar um destino ambientalmente correto
para o óleo de cozinha,
a Companhia
de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca) presta o serviço de recolhimento. O material
deve estar armazenado em uma garrafa pet e ser descartado no contêiner de
resíduo seletivo (amarelo). Depois, é encaminhado para as associações de
reciclagem para ser transformado em biodiesel ou sabão.
Segundo o
engenheiro químico da Central de Tratamento de Resíduos (CTR) Rincão das
Flores, e também um dos responsáveis pelo projeto da Codeca, Ricardo Becker, a
atitude de descartar corretamente o resíduo é uma questão ecológica. “Se
derramado na pia ou vaso sanitário, além de danificar as instalações
hidráulicas e provocar entupimento, o dano ambiental acabará por desequilibrar
todo o ecossistema, provocando a morte de peixes nos rios. Cada litro de óleo é
suficiente para poluir até um milhão de litros de água”, alerta Becker.
Conheça o Samae
Criado em 1966, o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto é uma autarquia, ou seja, entidade pública, criada por lei específica, que possui autonomia, personalidade jurídica e patrimônios próprios em relação à administração pública direta. Há 52 anos, é responsável por manter e proteger os recursos hídricos de Caxias do Sul.
Ao longo de nossa história, ganhamos diversos prêmios, de reconhecimento dos esforços para melhorar a qualidade de vida da nossa cidade. Ainda mais importante que os prêmios, é poder contar com a sua colaboração para continuar prestando um serviço de qualidade para toda Caxias do Sul.
Samae, patrimônio da nossa Cidade!
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Plantão 24h: 115
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Fotos: Bruna Schio, Angela Nadin e Aldemar Bittencourt
